A indústria de seguros tem fôlego para continuar crescendo mesmo diante das adversidades do atual cenário econômico. A afirmação foi feita pelo presidente da FenaPrevi, Osvaldo do Nascimento, durante o 3º Encontro do CSP-MG, realizado no dia 7 de julho, em Belo Horizonte.
Nascimento foi convidado pelo presidente da entidade, João Paulo Moreira de Mello, para falar sobre o atual cenário do seguro de pessoas, as perspectivas do mercado e o papel que corretores e seguradoras tem que desempenhar neste momento. “As previsões para o setor não se alteraram mesmo porque já estávamos preparados para os possíveis impactos da crise, pois sempre temos uma visão de longo prazo. Claro que vivemos um cenário atípico. É preciso que fiquemos atentos para os efeitos que ele venha a trazer para o mercado”, alertou o executivo, dirigindo-se à plateia que lotou o auditório para assistir a palestra.
Entre as estratégias da FenaPrevi para fomentar o mercado, estão o investimento em educação financeira e securitária a fim de conscientizar o cidadão, a qualificação do corretor por meio do processo de certificação, obtendo assim a melhoria dos canais de distribuição, o desenvolvimento de novos produtos que atendam às necessidades dos consumidores. Como exemplo, estão o VGBL Saúde e do Universal Life, muito consumido nos EUA e países europeus. Esse produto permite a capitalização de parte do prêmio do seguro.
“Uma das nossas preocupações é com a formação e a capacitação dos corretores e forças de vendas. É preciso que todos estejam atentos para identificar o perfil de risco do cliente e o momento de vida daquele cidadão a fim de oferecer o produto mais adequado. O uso de meios eletrônicos é essencial nesse processo porque o torna mais eficiente e ágil para o cliente”, ressaltou. “O corretor que seguir esses passos com certeza será mais bem-sucedido no mercado”, arrematou Nascimento.
Durante a palestra, o presidente da FenaPrevi também fez uma análise detalhada do cenário econômico nacional e internacional nos últimos anos. Ele mostrou como os modelos de desenvolvimento adotados pelos governos impactaram os países, principalmente os emergentes.
Nesse aspecto, o executivo questiona o sistema implantado no Brasil em contraponto ao modelo chinês. O presidente da FenaPrevi lembra que o governo chinês canalizou seus investimentos para a área de infraestrutura e fomento da indústria, já o Brasil optou pelo estímulo ao consumo, incentivando o crédito. “Essa estratégia não se mostrou assertiva, já que o resultado é o que vemos hoje. Baixo crescimento do PIB, volta da inflação, perda de poder de compra dos salários e aumento da dívida pública, citando alguns”.
Depois da palestra, formou-se uma mesa-redonda coordenada pelo vice-presidente do CSP-MG, Mauricio Tadeu Morais. No debate, além de João Paulo Mello e Osvaldo do Nascimento, também participaram os executivos Gustavo Germano e Luiz Carlos Gomes, representantes das instituições beneméritas do clube, Maria Filomena Branquinho, presidente do Sincor-MG, e Marcelo Braz, representando o Sindseg MG/GO/MT/DF. Nascimento respondeu a uma série de perguntas feitas tanto pelos integrantes da mesa como pelo público.
O encerramento do evento foi feito pelo presidente do clube, João Paulo Mello, que parabenizou o presidente da FenaPrevi pelo pronunciamento e agradeceu o apoio das beneméritas na realização do evento. “O papel do CSP-MG é fomentar discussões a respeito do desenvolvimento do mercado como vimos hoje, além de investir na capacitação dos agentes do mercado, como corretores e seguradores”, finalizou.
Presidente da FenaPrevi avalia tendências do mercado durante 3º Encontro do CSP-MG
Publicado em 9 de julho de 2015