O Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG) realizou, no dia 27 de setembro, mais um importante evento direcionado ao mercado. Desta vez, foram convidados para debater o tema microsseguros o diretor executivo do Bradesco Vida e Previdência, Eugênio Velasques, e o idealizador e presidente do Plano de Amparo Social Imediato (PASI), Alaor da Silva Júnior.
O interesse pelo assunto levou mais de 90 profissionais do setor a lotar o auditório do Sindseg MG/GO/MT/DF (Sindicato das Seguradoras). Quem não esteve presente pôde acompanhar as discussões em tempo real pela internet. A transmissão foi disponibilizada pelo PASI. Foram contabilizados quase 30 mil acessos em várias partes do Brasil.
“Esse evento marca definitivamente a inserção de Minas Gerais nas discussões em torno do microsseguro. Sabemos que o momento nacional é muito promissor para o mercado. Precisamos agora é transformar as promessas em realidade. E isso só depende da nossa vontade e do nosso trabalho. Precisamos nos preparar e estar abertos às novas oportunidades que se desenham à nossa frente”, enfatizou o presidente do CSP-MG, Hélio Loreno, na abertura do evento, que reservou um momento especial de homenagens às mais novas beneméritas do clube: a Escola Nacional de Seguros e o PASI.
O diretor executivo da Bradesco Vida e Previdência, Eugênio Velasques, confirmou o bom momento vivido pelo mercado segurador e ressaltou que o segmento de microsseguros poderá inserir no mercado brasileiro algo em torno de 100 milhões de consumidores nos próximos 20 anos. Segundo o executivo, a expectativa é que a participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) salte dos atuais 3,5% para 7,5% até 2017.
Para alcançar esse resultado, advertiu Velasques, o mercado precisa ter agilidade e criatividade no atendimento, além de oferecer produtos adequados aos novos consumidores. “É necessário quebrar paradigmas, mudar práticas, conceitos e até mesmo a forma como nos comunicamos com esse público. Acho, por exemplo, que proteção é um termo muito mais adequado do que seguro”, argumentou, ressaltando que aumento de renda da população permitiu a milhões de famílias subirem um degrau na escala social. “Essas pessoas têm necessidades específicas de proteção. Por isso, precisamos desenvolver novas coberturas e diversificar os canais de distribuição para que nossos produtos cheguem onde esse público está”, ressaltou Velasques que também preside a Comissão de Microsseguros e Seguros Populares da CNSeg.
Enquanto Velasques traçou um panorama do microsseguro no país, coube ao empresário Alaor da Silva Júnior apresentar o case do bem-sucedido Plano de Amparo Social Imediato (PASI), projeto que se tornou referência em seguro popular no Brasil há 23 anos.
A história do PASI começou quando Alaor Júnior atuava como agenciador de seguros e teve a ideia de desenvolver um produto inovador voltado para as classes mais pobres da população. “O desafio era criar um seguro de vida e acidentes em grupo simplificado, eficaz e de baixo preço, mas que pudesse oferecer formas de proteção que atendessem as necessidades dos trabalhadores e de suas famílias”, conta.
Para viabilizar o projeto, o executivo explica que buscou a parceria das entidades de classe. Dessa forma, o PASI passou a integrar as convenções coletivas de trabalhadores de vários segmentos da economia. Atualmente o plano contabiliza mais de 2 milhões de segurados e um volume de indenizações que ultrapassa R$ 75 milhões.
O evento do CSP-MG sobre microsseguros teve o patrocínio do Sindseg e apoio da Escola Nacional de Seguros, do Sincor-MG e do Clube dos Corretores de Seguros do Estado de Minas Gerais (CLUBCOR).
Opiniões:
“O debate em torno do tema microsseguros é fundamental. A expectativa é que esse segmento atraia nas próximas duas décadas cerca de 100 milhões de consumidores. Precisamos nos preparar para gerir essa nova inserção de pessoas no mercado, por isso eventos como esse são importantes. Iniciativas que venham a fortalecer o mercado e a constituição do saber têm o apoio do sindicato”.
Augusto Frederico Costa Rosa de Matos, presidente do Sindseg MG/GO/MT/DF
“O evento nos proporcionou debater um tema que está no foco do mercado nos dias atuais. É muito importante que neste momento as forças do mercado estejam unidas na discussão sobre os microsseguros. A Escola Nacional de Seguros vai sempre apoiar as entidades, como o CSP-MG, que buscam a difusão do conhecimento”.
Renato Campos Martins Filho, diretor executivo da Escola Nacional de Seguros