Confira os principais tópicos abordados na palestra do presidente da FenaPrevi, Edson Franco, durante o 5º Encontro do CSP-MG. O executivo apresentou dados do setor, falou sobre conjuntura econômica e reforma da Previdência e também comentou as principais estratégias da FenaPrevi para desenvolver o mercado de seguros de pessoas.
Reforma da Previdência
“Vivemos em um ambiente de muita desinformação no que se refere a diversos assuntos em pauta no País, especialmente àqueles que afetam diretamente o nosso mercado de vida e previdência. Naturalmente, falo sobre a reforma da Previdência e de todos os impactos que isso pode ter na vida das pessoas.
Existe uma campanha de informação e outra de contrainformação, o que confunde muito as pessoas. Em uma pesquisa da FenaPrevi e Instituto Ipsos, os entrevistados mostram um nível de contradição e de desconhecimento sobre o desequilíbrio existente no sistema público de previdência e também sobre instrumentos de proteção que podem complementar a cobertura disponibilizada pelo Estado
Eventos como o 5º Encontro do CSP-MG são importantes para começarmos a homogeneizar as informações e criar um senso comum mais preciso de quais são as causas, os caminhos e as dificuldades que temos pela frente para resolver o problema estrutural do País em relação à Seguridade Social e divulgar, e ajudar os nossos distribuidores, corretores, bancos, varejistas a venderem produtos com um aconselhamento mais adequado à necessidade do cliente”.
Conjuntura econômica e perspectivas para o mercado
“A longo prazo, as perspectivas são muito boas. Mas atualmente, quando comparamos o Brasil a outros países – tanto do ponto de vista de risco quanto de acumulação – ainda estamos engatinhando. Temos uma penetração muito baixa dos seguros de pessoas, uma população subprotegida, no que tange aos seguros de proteção à renda e produtos de acumulação. Importante ressaltar que nosso mercado não vive em uma bolha. Ele sempre é impactado pela conjuntura política e econômica. Precisamos ajudar a desatar os ‘nós’ que existem na economia hoje para assegurar que o País volte a um regime de responsabilidade fiscal e, portanto, possa retomar a trajetória de crescimento do emprego e da renda”.
Desenvolvimento de novos produtos
“Precisamos modernizar os modelos de produtos, trazendo e adaptando às melhores práticas internacionais. Desenvolver produtos híbridos como o PrevSaúde (formação de reservas para arcar com gastos de saúde) e o Vida Universal (produto que combina plano de acumulação nos moldes do VGBL/PGBL com o seguro de vida tradicional). São prioridades da FenaPrevi: desenvolvimento do mercado de anuidades (ampliar as opções de renda e preparar o mercado para a fase de desacumulação); incentivar planos previdenciários e securitários para Pequenas e Médias Empresas (PMEs) garantindo proteção social para seus funcionários; e regulamentação e fiscalização, pela Susep, dos planos de assistência funeral (Lei nº 13.261/16)”.
Ampliação dos canais de distribuição
“Atuamos pela ampliação das formas de distribuição e melhoria da oferta dos produtos seja por meio dos corretores de seguros, plataformas digitais, e também pelos agentes. Buscamos a regulamentação da figura do ‘agente’ para atender um público específico, que preza por uma ‘consultoria’ mais especializada e individualizada. O objetivo é que mais pessoas tenham acesso aos produtos de vida e previdência, que hoje têm uma penetração muito baixa na população. A questão é democratizar o acesso. Quanto mais profissionais capacitados e autorizados atuando na distribuição dos produtos, melhor para o crescimento do mercado. Apoiamos a certificação CNseg, complementar à da Susep, para que possamos assegurar o mesmo nível de qualificação técnica para todos profissionais do mercado”.
Confira aqui a íntegra da palestra.
Por Déborah Gurgel – Assessora de Imprensa